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SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO.



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RTP-03 Escvações,Fundações e Desmontes de Rochas

RECOMENDAÇÃO TÉCNICA
DE PROCEDIMENTOS
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Fernando Henrique Cardoso
MINISTRO DO TRABALHO E EMPREGO
Paulo Jobim Filho
FUNDACENTRO
PRESIDENTE DA FUNDACENTRO
Humberto Carlos Parro
DIRETOR EXECUTIVO
José Gaspar Ferraz de Campos
DIRETOR TÉCNICO
João Bosco Nunes Romeiro
DIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
Antonio Sérgio Torquato
ASSESSORIA ESPECIAL DE PROJETOS
Sonia Maria José Bombardi
DIVISÃO DE PUBLICAÇÕES
Elisabeth Rossi
RECOMENDAÇÃO TÉCNICA
DE PROCEDIMENTOS
ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES E
DESMONTE DE ROCHAS
Elaboração inicial:
Olavo Ferreira da Silva
Marcelino Fernandes Vieira
Elaboração final:
Dorival Custódio
Luis Renato Balbão Andrade
Francisco de Almeida Gusmão
2002
APRESENTAÇÃO
A reformulação da Norma Regulamentadora nº- 18 – “NR-18 – Condições
e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção”, deu-se por
meio da Portaria nº- 4 de 4/7/95, publicada no D.O.U. de 7 de julho de 1995,
resultante de acordos, negociações e consenso de um Grupo Tripartite e Paritário,
por meio da participação efetiva dos técnicos da FUNDACENTRO,
DRTE e SSST/TEM, representação patronal e de trabalhadores na elaboração
da proposta de um texto-base, que também contou com a contribuição
e sugestões de entidades, empresas e profissionais que atuam no setor.
Em cumprimento ao item 18.35 da NR-18, a FUNDACENTRO – Fundação
Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, apresenta
a toda a comunidade do trabalho a Recomendação Técnica de Procedimentos
– RTP sobre Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas, visando
subsidiar empresas, profissionais, governo e trabalhadores no efetivo
cumprimento da Norma.
A referida Recomendação Técnica tem por objetivo fornecer embasamento
técnico e procedimentos em atividades que envolvam escavações, fundações
e desmonte de rochas na indústria da contrução. O texto-base e os desenhos
foram elaborados pelo Grupo Técnico de Trabalho e consolidados pelos
demais técnicos do Programa Nacional de Engenharia de Segurança do
Trabalho na Indústria da Construção – PROESIC da FUNDACENTRO.
Convém ressaltar que esta recomendação recebeu várias contribuições
dos Comitês Permanentes Regionais – CPRs implantados no país e foi
aprovada pelo Comitê Permanente Nacional – CPN, de acordo com o que
prevê o item 18.34.2.6 da Norma Regulamentadora nº- 18.
HUMBERTO CARLOS PARRO
Presidente da FUNDACENTRO
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
1. Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
2. Princípio Básico de Segurança Adotado . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
3. Prioridade na Implementação das Medidas . . . . . . . . . . . . . . . 09
3.1 Sistemas de Proteção em Escavações . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Riscos Comuns . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Medidas Preventivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Sinalização em Escavações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.2 Sistemas de Proteção em Fundações Escavadas . . . . . . . . . . 20
Riscos Comuns . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Medidas Preventivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.3 Sistemas de Proteção em Fundações Cravadas e Injetadas . . 23
Riscos Comuns . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Medidas Preventivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.4 Sistemas de Proteção em Desmonte de Rochas
Com o Uso de Explosivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Sinalização nas Atividades de Desmonte de Rochas . . . . . . . 30
4. Normas Complementares que devem ser consultadas . . . . . . . . 30
5. Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
1. Objetivo
Esta Recomendação Técnica de Procedimentos – RTP – dispõe de medidas
técnicas de segurança relativas à proteção do trabalhador em atividades
que envolvam Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas, em atendimento
ao item 18.6 da NR-18.
2. Princípio Básico de Segurança Adotado
Quando houver risco de desmoronamento, deslizamento, acidentes com
explosivos e projeção de materiais, é necessária a adoção de medidas correspondentes,
visando a segurança e a saúde dos trabalhadores.
3. Prioridade na Implantação das Medidas
A proteção coletiva deve ter prioridade sobre as proteções individuais.
A proteção coletiva deve prever a adoção de medidas que evitem a ocorrência
de desmoronamento, deslizamento, projeção de materiais e acidentes
com explosivos, máquinas e equipamentos.
Antes de iniciar os serviços de escavação, fundação ou desmonte de rochas,
certificar-se da existência ou não de redes de água, esgoto, tubulação
de gás, cabos elétricos e de telefone, devendo ser providenciada a sua proteção,
desvio e interrupção, segundo cada caso. Em casos específicos e em situações
de risco, deve ser solicitada a orientação técnica das concessionárias
quanto à interrupção ou à proteção das vias públicas.
A área de trabalho deve ser previamente limpa e desobstruídas as áreas
de circulação, retirando ou escorando solidamente árvores, rochas, equipamentos,
materiais e objetos de qualquer natureza.
Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas
pela escavação devem ser escoradas, segundo as especificações técnicas
de profissional legalmente habilitado.
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RTP - 03
3.1. Sistemas de Proteção em Escavações
Riscos Comuns
Ruptura ou desprendimento de solo e rochas devido a:
- Operação de máquinas;
- Sobrecargas nas bordas dos taludes;
- Execução de talude inadequado;
- Aumento da umidade do solo;
- Falta de estabelecimento de fluxo;
- Vibrações na obra e adjacências;
- Realização de escavações abaixo do lençol freático;
- Realização de trabalhos de escavações sob condições meteorológicas
adversas;
- Interferência de cabos elétricos, cabos de telefone e de redes de
água potável e de sistema de esgoto;
- Obstrução de vias públicas;
- Recalque e bombeamento de lençóis freáticos;
- Falta de espaço suficiente para a operação e movimentação de máquinas.
Medidas Preventivas
O projeto executivo de escavações deve levar em conta as condições geológicas
e os parâmetros geotécnicos específicos do local da obra, tais como
coesão e ângulo de atrito. Variações paramétricas em função de alterações do
nível da água e as condições geoclimáticas devem ser consideradas.
O responsável técnico deverá encaminhar ao CREA e aos proprietários
das edificações vizinhas cópias dos projetos executivos, incluindo as técnicas
e o horário de escavações a serem adotados.
Recomenda-se o monitoramento de todo o processo de escavação, objetivando
observar zonas de instabilização global ou localizada, a formação de
trincas, o surgimento de deformações em edificações e instalações vizinhas
e vias públicas.
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Nos casos de risco de queda de árvores, linhas de transmissão, deslizamento
de rochas e objetos de qualquer natureza, é necessário o escoramento,
a amarração ou a retirada dos mesmos, devendo ser feita de maneira a não
acarretar obstruções no fluxo de ações emergenciais.
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Figura 1 – Escavação com riscos de queda de árvores, deslizamento de rochas, etc.
As escavações com mais de 1,25 m (um metro e vinte e cinco centímetros)
de profundidade devem dispor de escadas de acesso em locais estratégicos,
que permitam a saída rápida e segura dos trabalhadores em caso
de emergência.
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Figura 2 – Instalação de escadas em escavação de vala com mais de 1,25 m de altura
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RTP - 03
As cargas e sobrecargas ocasionais, bem como possíveis vibrações, devem
ser levadas em consideração para a determinação das paredes do talude,
a construção do escoramento e o cálculo dos seus elementos estruturais.
O material retirado das escavações deve ser depositado a uma distância
mínima que assegure a segurança dos taludes.
Figura 3 – Medidas de afastamento mínimo comumente adotadas
Observação: As medidas acima não se aplicam em determinadas situações, as quais dependem
da avaliação do responsável técnico.
Mínimo 2H
Metade de H
1,00 m
0,20 m
H
Profundidade
de Escavação
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Figura 4 – Medidas de afastamento mínimo comumente adotadas
Figura 5 – Passarela em escavação para circulação de pessoas
Devem ser construídas passarelas de largura mínima de 0,80 m (oitenta
centímetros), protegidas por guarda-corpos com altura mínima de 1,20 m
(um metro e vinte centímetros), quando houver necessidade de circulação de
pessoas sobre as escavações.
Mínimo 2H
Metade de H
H
Profundidade
de Escavação
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RTP - 03
Figura 6 – Passarela para o tráfego de veículos sobre escavação
Devem ser construídas passarelas fixas para o tráfego de veículos sobre
as escavações, com capacidade de carga e largura mínima de 4 m (quatro metros),
protegidas por meio de guarda corpo.
A estabilidade dos taludes deve ser garantida por meio das seguintes medidas
de segurança:
O responsável técnico deverá buscar a adoção de técnicas de estabilização
que garantam a completa estabilidade dos taludes, tais como retaludamento,
escoramento, atirantamento, grampeamento e impermeabilização. As
Figuras 7, 8 e 9 apresentam exemplos de técnicas de estabilização.
4,00 m
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Figura 7 – Escavação taludada (escavação com paredes em taludes)
Figura 8 – Escavação protegida – com estruturas denominadas “cortinas”
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Figura 9 – Escavação mista – com paredes em taludes e com paredes protegidas por cortinas
Devem ser evitados trabalhos nos pés de taludes sem uma avaliação prévia
pelo responsável técnico, pelos riscos de instabilidade que possam apresentar.
A existência de riscos constitui impedimento à execução dos trabalhos,
até que estes sejam eliminados.
Deve ser evitada a execução de trabalho manual ou a permanência de
observadores dentro do raio de ação das máquinas em atividade de movimentação
de terra.
Quando for necessário rebaixar o lençol de água (freático), os serviços
devem ser executados por pessoas ou empresas qualificadas.
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Sinalização em Escavações
Nas escavações em vias públicas ou em canteiros, é obrigatória a utilização
de sinalizações de advertência e barreiras de isolamento.
Alguns tipos de sinalização usados:
• Cones
• Fitas
• Cavaletes
• Pedestal com iluminação
• Placas de advertência
• Bandeirolas
• Grades de proteção
• Tapumes
• Sinalizadores luminosos
O tráfego próximo às escavações deve ser desviado e, na sua impossibilidade,
a velocidade dos veículos deve ser reduzida.
Devem ser construídas, no mínimo, duas vias de acesso, uma para pedestres
e outra para máquinas, veículos e equipamentos pesados.
No estreitamento de pistas em vias públicas, deve ser adotado o sistema
de sinalização luminosa (utilizar como referencial para consulta o Código
Brasileiro de Trânsito).
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Figura 10 – Tipos de sinalização
CAVALETE
SINALIZAÇÃO LUMINOSA
CONE
SILVEIRÃO
Para as escavações subterrâneas devem ser observadas as disposições do
item 18.20 da NR-18 – Locais Confinados, e as da NR-22 – Trabalhos Subterrâneos.
As escavações devem ser sinalizadas e isoladas de maneira a evitar quedas
de pessoas e/ou equipamentos.
3.2. Sistemas de Proteção em Fundações Escavadas
Riscos Comuns
São riscos comuns nas escavações de poços e nas fundações a céu aberto:
• Queda de materiais;
• Queda de pessoas;
• Fechamento das paredes do poço;
• Interferência com redes hidráulicas, elétricas,
telefônicas e de abastecimento de gás;
• Inundação;
• Eletrocussão;
• Asfixia.
Medidas Preventivas
A execução do serviço de escavação deverá ser feita por trabalhadores
qualificados.
Na execução de poços e tubulões a céu aberto, a exigência de escoramento/
encamisamento fica a critério do responsável técnico pela execução
do serviço, considerando os requisitos de segurança que garantam a inexistência
de risco ao trabalhador.
Tubulões, túneis, galerias ou escavações profundas de pequenas dimensões,
cuja frente de trabalho não possibilite perfeito contato visual da atividade
e em que exista trabalho individual, o trabalhador deve estar preso a um
cabo-guia que permita, em caso de emergência, a solicitação ao profissional
de superfície para o seu rápido socorro.
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A partir de 1 m (um metro) de profundidade, o acesso da saída do poço
ou tubulão será efetuado por meio de sistemas que garantam a segurança do
trabalhador, tais como:
• sarilho com trava;
• guincho mecânico.
Nas escavações manuais de poços e tubulões a céu aberto o diâmetro mínimo
deverá ser de 0,60 m (sessenta centímetros).
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Figura 11 – Atividade realizada na base de escavações profundas e de pequenas dimensões
Caso se adote iluminação interior, devem ser adotados sistemas estanques
à penetração de água e umidade, alimentados por energia elétrica não
superior a 24 volts.
Deve ser evitada a utilização de equipamentos acionados por combustão
ou explosão no interior dos poços e tubulões.
Deve ser garantida ao trabalhador no fundo do poço ou tubulão a comunicação
com a equipe de superfície através de sistema sonoro.
Deve ser garantida ao trabalhador a boa qualidade do ar no interior do
poço ou tubulão.
Nas fundações escavadas a ar comprimido, tanto a compressão como a
descompressão deverão ser feitas de acordo com a NR-15 – Anexo 6, a fim
de evitar danos à saúde do trabalhador.
Em poços e fundações escavadas a ar comprimido, a integridade dos
equipamentos deve ser vistoriada diariamente e deve haver a manutenção do
serviço médico de plantão para casos de socorro de urgência.
A jornada de trabalho deve ser menor ou igual a 8 (oito) horas, em pressões
de trabalho de 0 a 1,0 Kgf/cm2; a 6 horas, em pressões de trabalho de
1,1 a 2,5 Kgf/cm2; e a 4 horas, em pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 Kgf/cm2,
devendo ser respeitadas as demais disposições da NR-l5, citadas em seu
Anexo 6.
A equipe de escavações deve ser constituída de trabalhadores qualificados
e de um profissioanal treinado em atendimento de emergência, que deve
permanecer em regime de prontidão no local de trabalho.
Deve ser evitada a presença de pessoas estranhas junto aos equipamentos.
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3.3. Sistemas de Proteção em Fundações Cravadas e Injetadas
Riscos Comuns
• Tombamento do bate-estacas;
• Ruptura de cabos de aço;
• Ruptura de mangueiras e conecções sob pressão;
• Ruptura de tubulações de cabos elétricos e de telefonia;
• Vibrações afetando obras vizinhas ou serviços de utilidade pública;
• Queda do pilão;
• Queda do trabalhador da torre do bate-estacas;
• Ruído;
• Circulação de trabalhadores junto ao bate-estacas.
Medidas Preventivas
Preparação da área de trabalho levando-se em conta o acesso, o nivelamento
necessário e a capacidade do solo de suportar o apoio da torre.
O responsável técnico deve avaliar a interferência da escavação na
estabilidade de construções vizinhas e na qualidade dos serviços de utilidade
pública.
Os cabos e mangueiras devem passar por inspeção periódica.
Na operação de bate-estacas a vapor, devemos dar atenção especial às
mangueiras e conexões, sendo que o controle de manobra das válvulas deverá
estar sempre ao alcance do operador.
As operações de instalação, de funcionamento e de deslocamento do
bate-estacas devem ser executadas segundo procedimentos de segurança estabelecidos
pelos responsáveis das referidas atividades.
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RTP - 03
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Figura 12 – Operação do bate-estacas próximo a rede de energia elétrica
Em situação específica, na qual o bate-estacas tenha de realizar sua operação
próximo à rede de energia elétrica, o responsável pela segurança na
operação deve solicitar orientação técnica da concessionária local quanto aos
procedimentos operacionais e de segurança a serem seguidos.
Quando o topo da torre do bate-estacas estiver num nível imediatamente
superior às edificações vizinhas, o equipamento deve ser devidamente protegido
contra descargas elétricas atmosféricas.
Os cabos de suspensão do pilão devem ter, no mínimo, seis voltas enroladas
no tambor do guincho, devendo ser inspecionados periodicamente.
PERIGO
REDE
ELÉTRICA
Canaleta isoladora
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Figura 13 – Pilão em repouso
Quando o bate-estacas não estiver em operação, o pilão deve permanecer
em repouso sobre o solo ou no fim da guia do seu curso.
Na operação de içamento do pilão, deverá ser observada freqüentemente
a integridade do limitador de curso, a fim de garantir a não ultrapassagem
do limite de içamento.
Para garantir a não ultrapassagem do limite de içamento do pilão, o
limitador de curso deve ser inspecionado periodicamente por profissional
qualificado.
A estaca pré-moldada, quando posicionada na guia do bate-estacas, deve
ser envolvida por corrente e inspecionada periodicamente para detectar trincas
e evitar o seu tombamento em caso de rompimento do cabo.
A manutenção ou reparos em bate-estacas devem ser executados somente
quando o equipamento estiver fora de operação.
Para executar serviços na torre do bate-estacas, o trabalhador deverá,
obrigatoriamente, utilizar o cinto de segurança do tipo “pára-quedista”, com
trava-quedas fixados em estrutura independente.
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Figura 14 – Utilização do cinto de segurança com trava-quedas fixados em estrutura independente
Os trabalhadores expostos a níveis de pressão sonora (ruído) superiores
aos estabelecidos e tolerados pela NR-15 devem ser, obrigatoriamente, protegidos
por meio de medidas de proteção coletiva e/ou de equipamentos de
proteção auditiva individual.
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Figura 15 – Proteção e sinalização dos buracos
Os buracos escavados próximo aos locais de cravação ou concretagem
de estacas devem ser imediatamente protegidos e sinalizados, para evitar riscos
de queda de trabalhadores.
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O trabalhador deve executar a operação de corte da cabeça da estaca
(topo) utilizando plataforma de trabalho construída de forma adequada e independente,
utilizando os Equipamentos de Proteção Individual; por exemplo,
os equipamentos de proteção contra projeção de partículas e equipamento
de proteção auditiva.
Figura 16 – Utilização de plataforma de trabalho e de Equipamento de Proteção Individual
O bate-estacas instalado sob sistemas de roletes ou trilhos deve ter sua
estabilidade garantida por contrapesos fixados conforme orientação técnica
do fabricante ou responsável.
Devem ser adotados os seguintes cuidados especiais quanto às mangueiras
e conexões de fluidos sob pressão de ar comprimido, vapor, etc. utilizados
em fundações:
a) bom estado de conservação;
b) evitar trânsito de máquinas e veículos sobre as mesmas;
c) as conexões devem ser vistoriadas diariamente, antes do início das
atividades, para que não haja a ocorrência de vazamentos que venham
a causar acidentes;
d) o controle de manobras das válvulas deve estar situado sempre ao
alcance do operador;
e) atendimento às recomendações dos fabricantes.
3.4. Sistemas de Proteção em Desmonte de Rochas
com o Uso de Explosivos
Nas atividades de desmonte de rochas é obrigatória a adoção de “Plano
de fogo” elaborado por profissional habilitado.
Na elaboração do “Plano de fogo” é obrigatória a exigência de um profissional
habilitado (Blaster), responsável pelo armazenamento, preparação
das cargas, carregamento das minas, ordem de fogo, detonação e retirada de
explosivos não detonados e providências quanto ao destino adequado das sobras
de explosivos.
A quantidade de explosivos e acessórios necessários ao “Plano de fogo”
deve ser restrita ao momento de detonação, evitando-se a estocagem próximo
à frente de trabalho.
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O Blaster deve se ater às condições atmosféricas para realizar as detonações,
sendo proibido realizá-las quando a atmosfera encontrar-se efetivamente
carregada, evitando assim a detonação acidental provocada por descarga
elétrica atmosférica.
Sinalização nas Atividades de Desmonte de Rochas
As áreas onde se utilizem explosivos deverão ser isoladas e sinalizadas,
com sinais visuais e sonoros que não se confundam com os sistemas padronizados
de emergência, tais como ambulância, polícia, bombeiro, etc.
O tempo entre o carregamento e a detonação deve ser o mínimo possível.
Em locais confinados (túneis, tubulões, etc.) deve ser garantida a ventilação,
para a manutenção de uma atmosfera salubre ao trabalhador.
4. Normas Complementares que devem ser consultadas
Da Portaria 3.214 de 8/7/78:
NR-15 Atividades e Operações Insalubres
NR-16 Atividades e Operações Perigosas
NR-19 Explosivos
NR-21 Trabalhos a Céu Aberto
NR-22 Trabalhos Subterrâneos
Da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas:
NB 942 Segurança de Escavações a Céu Aberto
NB 617 Identificação e descrição de amostras de solos obtidas em
sondagens de simples reconhecimento dos solos
NB 756 Projeto Geotécnico
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RTP - 03
5. Glossário
Blaster ou encarregado de fogo – É o profissional habilitado para a atividade
e as operações com explosivos nas seguintes categorias: operação em
perímetro urbano, “Blaster de 1ª- Categoria”, e em regiões não povoadas,
“Blaster de 3ª- Categoria”.
Cortinas – Elementos estruturais destinados a resistir às pressões laterais
devidas a terra e a água.
Capacete – Chapéu, armadura de ferro tipo capuz de proteção utilizado
na extremidade (cabeça) da estaca de fundação, onde o pilão irá dar golpes,
evitando sua destruição e seu estilhaçamento com projeção de materiais.
Escavações taludadas – São escavações executadas com as paredes em
taludes estáveis, podendo ter patamares (bernas ou plataformas), objetivando
melhorar as condições de estabilidade dos taludes.
Escavações mistas – Quando na mesma escavação são utilizadas paredes
em taludes e paredes protegidas.
Pilão – Peça utilizada para imprimir golpes, por gravidade, força hidráulica,
pneumática ou explosão.
Talude – Inclinação ou declive nas paredes de uma escavação.
Telescópico – Tubo, cilindro ou perfil metálico construído de partes que
se acomodam umas dentro das outras, permitindo variar seu comprimento.
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RTP - 03
BIBLIOGRAFIA
1. ORGANISME PROFESSIONNEL DE PRÉVENTION DU
BÂTIMENT ET DES TRAVAUX PUBLICS – Tecnologia de Prevenção
dos acidentes de trabalho na construção civil. Trad. e adapt.
Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do
Trabalho. São Paulo, FUNDACENTRO, 1975. 358 p.
2. INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDAD Y HIGIENE EN EL
TRABAJO. Barraridillas. Notas técnicas de prevención – NTP-123.
Centro de Investigación y Asistencia Técnica, Barcelona. Volumes
I e II.
3. ANCOP – AGRUPACIÓN NACIONAL DE CONSTRUCTORES
DE OBRAS. SEOPAN COMISIÓN DE SEGURIDAD Y HIGIENE
EN EL TRABAJO. Manual Técnico de Prevención de Riesgos Profesionales
en la Construcción – 1ª- e 2 ª- Partes.
4. INSTITUTO NACIONAL EN MEDICINA Y SEGURIDAD
DEL TRABAJO – Departamento de Seguridad. Excavaciones y
Trincheras.
5. MINISTERIO DEL TRABAJO – Serviço Social de Higiene y Seguridad
del Trabajo. Instrucción C-3 – Movimento de Tierras y Excavaciones
en Edificación.
6. MINISTERIO DEL TRABAJO – Serviço Social de Higiene y Seguridad
del Trabajo. Construcción de Obras Públicas – C-8 – Movimentos
de Tierras y Excavaciones en Obras Públicas.
7. TRINDADE ENGENHARIA LTDA. Especificação para execução
de Estacas Tipo Franki. Janeiro de 1991.
8. COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE
SÃO PAULO – SABESP. Escoramento de Valas.
33
RTP - 03
9. ROUSSELET, Edson da Silva & FALCÃO, Cesar. A Segurança na
Obra: Manual Técnico de Segurança do Trabalho em Edificações
Prediais. SICCMRJ/SENAI DN / CBIC, 1986.
10. NBR 7678/ABNT/JAN/1983 – Segurança na Execução de Obras e
Serviços de Construção.
11. NB-942/ABNT/JUN/1985 – Segurança de Escavações a Céu Aberto.
12. NBR 11682/ABNT/SET/1991 – Estabilidade de Taludes.
13. NBR 7250/ABNT/ABR/1982 – Identificação e descrição de amostras
de solos obtidas em sondagens de simples reconhecimento dos
solos.
14. NBR 8044/ABNT/JUN/1983 – Projeto Geotécnico.
15. Portaria 3.214 do Ministério do Trabalho de 8/7/78:
• NR-15 Atividades e Operações Insalubres
• NR-16 Atividades e Operações Perigosas
• NR-19 Explosivos
• NR-21 Trabalho a Céu Aberto
• NR-22 Trabalhos Subterrâneos.
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RTP - 03
LISTA DAS FIGURAS
Figura 1 - Escavação com riscos de queda de árvores, deslizamento de
rochas, etc.
Figura 2 - Instalação de escadas em escavação de vala com mais de 1,25 m
de altura.
Figura 3 - Medidas de afastamento mínimo comumente adotadas.
Figura 4 - Medidas de afastamento mínimo comumente adotadas.
Figura 5 - Passarela em escavação para circulação de pessoas.
Figura 6 - Passarela para o tráfego de veículos sobre escavação.
Figura 7 - Escavação taludada (escavação com paredes em taludes).
Figura 8 - Escavação protegida – com estruturas denominadas “cortinas”.
Figura 9 - Escavação mista – com paredes em taludes e com paredes protegidas
por cortinas.
Figura 10 - Tipos de sinalização.
Figura 11 - Atividade realizada na base de escavações profundas e de
pequenas dimensões.
Figura 12 - Operação do bate-estacas próximo a rede de energia elétrica.
Figura 13 - Pilão em repouso.
Figura 14 - Utilização do cinto de segurança com trava-quedas fixados
em estrutura independente.
Figura 15 - Proteção e sinalização dos buracos.
Figura 16 - Utilização de plataforma de trabalho e de Equipamento de
Proteção Individual.
35
RTP - 03
Rua Capote Valente, 710
São Paulo - SP
05409-002
Tel: 3066-6000
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Composto em Times 11/14
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no formato 16x23 cm
pela Graphbox/Caran
Tiragem: 15.000
1ª- Edição - 2002
Equipe de realização
Ilustrações:
Daves de Jesus Ribeiro
Revisão de texto:
Beatriz de Freitas Moreira
Coordenação de Produção:
Lilian Queiroz